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Na
modas mais correntes, de singeleza de versos e de curtos compassos de música,
é que está a nota mais fresca, mais pura e caracteríca do canto popular, na boca
dos antigos pastores, quer tivessem vindo, de romarias, serões ou fainas
agricolas, já perdidas no esquecimento da origens...
As nossas modas estão
perfeitamente dentro do caracter do minhoto e do rodeio da sua paisagem, com a
marca alegre, viva e expressiva na nossa região, "O que nasce de nós, vive
sempre para além de nós", assim diziam os nossos antepassados.
A caminho das romarias ou
no campo, levavam cantares e danças, sempre as mesmas. Quando as raparigas se
juntavam a caminho de romarias, ouviam-se as vozes suaves e cheias, ao som das
violas, cavaquinhos e harmónios, para danças de roda do vira.
A música, para quem a
entender, nascida e afeiçoada a região, foca e retrata no seu povo, e vareia
consente o trabalho e a canseira do dia.
As chulas, viras, canas
verdes, malhões e vareiras são danças tipicas da nossa região.
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A Desgarrada a Moda de
Fafe (Entrada) |
Uma desgarrada bem minhota tocada
e cantada com uma só voz à moda antiga, como abertura de um convívio entre povos
e tradições nos mais elevados encontros do concelho de Fafe.
A desgarrada, é uma cantiga
popular em que os cantadores vão improvisando, desafiando e respondendo um ao
outro, normalmente ao som da concertina, viola e cavaquinhos. Para além de
“desgarrada” recebe por vezes a denominação de Cantares ao Desafio ou Cantigas a
Desgarrada...
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Chega-te pra minha
beira
Ouve
la tu cantador
Chega-te pra minha beira
Chega-te pra minha beira
Eu
daqui e tu dai
Gostamos da brincadeira
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É
pr'aquilo que calhar
Gostamos da brincadeira
É
pr'aquilo que calhar
É
pr'aquilo que calhar
Cantigas da mocidade
A
onde é que queres chegar |
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É um rancho ca do
minho
O nosso rancho de
Fafe
É um rancho ca do
minho
É um rancho ca do
minho
As mulheres fazem
pel'o pão
Os homens fazem
pel'vinho
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Acredita podes
querer
As mulheres fazem
pel'o pão
Acredita podes
querer
Acredita podes
querer
Os homens fazem
pelo vinho
Para as mulheres o
beber |
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Não
tem de deixar ficar
Oh
linda terra de Fafe
Não
tem de deixar ficar
Não
tem de deixar ficar
A
terra onde nasci
A
onde eu é de cantar |
O
jeito da-se lhe sempre
Quem
tem a boa voltade
O
jeito da-se lhe sempre
O
jeito da-se lhe sempre
E
seguem o bom caminha
Os
filhos da boa gente |
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Malhão
de Roda |
O
malhão é um dança característica de todo a região do norte.
Dançado e cantado nas freguesias mais serranas do concelho, ja distanciadas da
parte mais civilizadas onde mesmos se entendiam os melhores choros dos canticos
dos povos desta região.
Nos serões, nas espadeladas, nas colheitas, nas vindimas e festa
da aldeia, era assim que rodava o malhão de roda
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Ó malhão, triste
malhão
˥
Ó malhão, triste, coitado! ˩ X2
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Por causa de ti, malhão ˥
Ando triste, apaixonado ˩ X2 |
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Ó malhão, triste malhão ˥
Ó malhão linda flor ˩ X2
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Por causa de ti, malhão ˥
Eu deixei o meu amor ˩ X2
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O malhão quando morreu
˥
Deixou dito na escritura ˩ X2
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Que
forrasse o caixão ˥
Com pano de pouca dura ˩ X2 |
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Ó malhão, triste malhão
˥
Eu vou te dizer adeus ˩ X2
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Ó povo da nossa terra ˥
Fica um abraço dos meus ˩ X2
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Vira de Cruz |
Uma dança de quatro
protagonista, cantada e tocada delicadamente, esgutando as alturas a voz da
cantadeira e do cantador. Esta dança identifica a
região de Fafe em qualquer actuação, festas ou romarias.
|
A moda do nosso
vira ˥
Não tem nada que
saber ˩ X2
Não tem nada que
saber
É andar c'um pé no ar
Outro no chão a bater
Outro no chão a
bater
Ó la la ri lo lé la
|
Ó moças dançai o vira
˥
Até sapato romper
˩ X2
O sapateiro é pobre
Ajudai-o a
viver
Ajudai-o a
viver
Ajudai-o a
viver
Ó la la ri lo lé la
|
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Meninas dançai o vira
˥
Dançai o a nossa
moda ˩ X2
Dançai o a nossa
moda
Dai um jeitinho ao corpo
Para a saia fazer roda
Para a saia fazer roda
Ó la la ri lo lé la |
Ó
moças dançai o vira ˥
Que o vira é coisa
boa ˩ X2
Que o vira é coisa
boa
Eu já vi dançar o vira
As meninas de Lisboa
As meninas de Lisboa
Ó la la ri lo lé la
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Dobadoira |
Uma dança dedicada ao
dificil e demorado trabalho do linho.
A coregrafia desta dança faz nos recordar os
movimentos de certos ustensílios utilizados
para sua confecção.
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Doba doba dobadoira,
˥
Não m’enrices a meada
O novelo é pequeno,
X2
Cabe numa mão fechada. ˩
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Já era noite, Já era dia
Na minha aldeia tudo dormia
Tudo dormia e eu acordava
E a dobadoira sempre dobava
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Desenriça o teu cabelo
˥
Não o trages enriçado
Desengana o teu amor
X2
Não
trages enganado
˩
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Já era noite, Já era dia
Na minha aldeia tudo dormia
Tudo dormia e eu acordava
E a dobadoira sempre dobava
|
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Chamaste o meu cabelo,
˥
Dobadora de dobar
Eu também chamo o teu
X2
Sarilho de sarilhar
˩
|
Já era noite, Já era dia
Na minha aldeia tudo dormia
Tudo dormia e eu acordava
E a dobadoira sempre dobava
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Margarida Moleira |
Esta dança procura narrar a vida de uma moleira
lendária que mesmo não sendo casada e não tendo namorado, aparecia gravida com
frequência, os cantares ilustrem-se com a musica a fazer perguntas sobre o nome
do seu homem, tendo sempre uma resposta dada de forma evasiva.
Uma dança de roda com movimentos diferentes ricos e elegantes, em forma de
lentidão adequada a todas as idades. Dançada e tocada numa forma antiga, depois
da existancia dos moinhos, moleiros e moleiras, homenageando o passado e o
presente.
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Ó Margarida Moleira
˥
Da-me da tua farinha ˩
X2
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Ai ai ai que eu quero peneirar
˥
Ai ai
ai pela a nova penerinha
˩ X2 |
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Ó Margarida Moleira
˥
Que é da outra margarida ˩
X2
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Ai ai ai a outra ficou em casa
˥
Ai ai ai com a espiga dela caida
˩ X2 |
|
|
Ó Margarida Moleira
˥
Como se chama o teu homem
˩
X2 |
Ai ai ai chama-se batata assada
˥
Ai ai ai qu’ela crua não se come ˩
X2 |
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Vira dos Felizardos |
As recolhas são tesouros de riquezas das gentes
da nossa terra, assim como o vira dos Felizardos, uma das danças mais históricas
do nosso povo.
Numa freguesia pequena e
montanhosa a norte do concelho de Fafe, nas encostas de um monte. Na década de
40 a 50 um grupo de homens e mulheres que se dedicavam a assaltos e espalhavam
pelo concelho o terror. Pelas acções, os chamados
« Felizardos » deram imenso trabalho à GNR e até a uma força de cavalaria de
Braga.
Os mais velhinhos dessa freguesia contavam que
para roubar as galinhas os ditos "Felizardos" atavam o grão numa linha, e também,
em grupos faziam danças nas festas e feiras, e em grande confusão enquanto uns
dançavam outros andavam a roubar, era por isso que se chamava "O Vira dos
Felizardos"
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Como é uma mulher
Como queres tu saber
Como é uma mulher
Como é uma mulher
Chora e ri ao mesmo tempo
E engana quem ela quer
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Anda que eu deixo-te vir
Ó meu amor anda anda
Anda que eu deixo-te vir
Anda que eu deixo-te vir
Quem no meu peito entrar
Devagar tornar a sair |
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Só lhe falta ter um rabo
Os homens são como o lobo
Só lhe falta ter um rabo
Só lhe falta ter um rabo
Andam de noite e de dia
A enfigurar o diabo |
Naquela borda tão alta
Não cortes o amieiro
Naquela borda tão alta
Naquela borda tão alta
Quem diga bem não ha
Quem diga mal não falta |
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O Velho |
Esta dança procura narrar a vida do velho que
procurava cortejar as raparigas. A dança procura mostrar a pujança de um jovem
no inicio da mesma e degradando-se posteriormente para ilustrar a condição
fisica do homem que com o peso dos anos dança curvado, de maneira desajeitada, e
penosa.
Esta dança muito tradicional da vizinha Guimarães, também dançada no concelho de
Fafe. Dança de pares de quatro que traduz com fidelidade a pujança da juventude
para no momento seguinte coreagraficamente mostrar, nos homens, a velhice
decrépita.
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Se um dia eu casar qu’um velho
˥
Muito me ei-de rir
˩ X2
Ei-de por a cama alta
˥
Para o velho não subir ˩
X2
|
Olha o velho, olha o velho ˥
Olha o velho, digo digo
˩ X2
Ou tu as-de morrer velho ˥
Ou ei-de enterrar vivo
˩ X2 |
|
|
Eu casei-me qu’uma velha ˥
Que tinha muito dinheiro ˩
X2
O migalheiro furado ˥
Melhor fica-se solteiro ˩
X2
|
Olha o velho, olha o velho ˥
Olha o velho, digo digo
˩ X2
Ou tu as-de morrer velho ˥
Ou ei-de enterrar vivo
˩ X2 |
|
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Olho o velho qu’é so velho ˥
E ainda cria escolher
˩ X2
Queria dinheiro e mulher ˥
Mas isso não pode ser ˩ X2
|
Olha
o velho, olha o velho ˥
Olha o velho, digo digo
˩ X2
Ou tu as-de morrer velho ˥
Ou ei-de enterrar vivo
˩ X2 |
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Eu fui dar qu’o velho morto ˥
Entre as pedras do larga ˩
X2
Atirei-lhe qu’um fueiro ˥
Pois o velho a dançar ˩ X2
|
Olha
o velho, olha o velho ˥
Olha o velho, digo digo
˩ X2
Ou tu as-de morrer velho ˥
Ou ei-de enterrar vivo
˩ X2 |
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A Desfolhada |
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Dança popular da fainas
agrícolas, desfolhadas ou descamisadas, dança de pares a quatro e
transformando-se em roda com todos os outros pares.
Nos serões da desfolhada do milho, após a
realização do trabalho os pares juntavam-se na eira em volta da concertina e com
naturalidade acontecia a dança.
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As Vindimas |
Inicialmente é uma dança simples
onde os pares se fazem frente quatro por quatro alternando aproximações, no
segundo andamente passam os pares de quatro cruzando-se. No terceiro andamento
os pares votam com no inicio alternando aproximações.
Marcações populares e usada nas
vindimas junto ao lagar.
|
Este tempo das vindimas
˥
É um tempo d’alegria
˩ X2
Descei cestas cheias para baixo ˥
Outras vazias para cima
˩ X2
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Vamos as vindimas, vamos vindimar
Vamos raparigas, encher o largar
Encher o largar, encher o largar
Vamos raparigas, vamos Vindimar
|
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|
Não ha coisa mais
bonita
˥
Que as vindimas lá n'aldeia ˩ X2
Rapariga com os
cestos
˥
Rapazes na brincadeira ˩
X2
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Vamos as
vindimas, vamos vindimar
Vamos
raparigas, encher o largar
Encher o
largar, encher o largar
Vamos
raparigas, vamos Vindimar
|
|
|
Acabam as vindimas
˥
Vamos para eira
dançar ˩
X2
Rapazes e raparigas
˥
Até o galo
cantar
˩
X2
|
Vamos as
vindimas, vamos vindimar
Vamos
raparigas, encher o largar
Encher o
largar, encher o largar
Vamos
raparigas, vamos Vindimar
|
|
|
Não ha coisa mais bonita
˥
Que os serões nas vindimas
˩ X2
Tudo canta e tudo dança
˥
Ao toque da concertina ˩
X2
|
Vamos as
vindimas, vamos vindimar
Vamos
raparigas, encher o largar
Encher o
largar, encher o largar
Vamos
raparigas, vamos Vindimar
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Cana Verde Velha |
A cana verde é um dança que predomina em todo o
minho, com varias versões musicais e corograficas que variam de terra para
terra, servia para cantares aos desafios acompanhados de concertina, cavaquinho
e braguesa. Esta cana verde velha era muitas vezes dançada e tocada na freguesia
de Pedraído, vindo mesmo a chamar-se Cana Verde de Pedraído.
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Hei-de te mandar varer
Oh linda terra de Fafe
Hei-de te mandar varer
Hei-de te mandar varer
Q’uma vasoura de prata
Que d’ouro não pode ser
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Tocam ambos a paixão
Os sinos da Igreja Nova
Tocam ambos a paixão
Tocam ambos a paixão
O pequeno a cana verde
E o grande toca o Malhão
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Hei-de te mandar d’ourar
Adeus
terra de Fafe
Hei-de te mandar
d’ourar
Hei-de te mandar
d’ourar
De pedrinha em pedrinha
Para o meu amor passear
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Navega por onde de quer
A cana verde no mar
Navega por onde de quer
Navega por onde de quer
É como o rapaz solteiro
Enquanto não tem mulher |
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Verdegar das Palmas
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O Minho é uma região que se caracteriza pelas
suas paisagens verdes, sejam elas compostas por serras, montes ou campos, até o
vinho seja ela branco ou tinto é sempre verde.
Esta moda incorpora uma dança e cantares alusivas a primavera e a alegria
transmitida do povo nesta altura de ano em que os campos começam a enverdejar.
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Ó verdegar verdegar X2
Ó verdegar verdegei X2
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Olha o verdegar ó la ri lolela
˥
Olha o verdegar é da nossa terra ˩
X2 |
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Por causa do verdegar
X2
Meu pai minha mae deixei X2
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Olha o verdegar ó la ri lolela
˥
Olha o verdegar é da nossa terra ˩
X2 |
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A moda do verdegar X2
É uma moda bonita X2
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Olha o verdegar ó la ri lolela
˥
Olha o verdegar é da nossa terra ˩
X2 |
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Toda as moda se acabão X2
Só a do verdegar fica X2
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Olha o verdegar ó la ri lolela
˥
Olha o verdegar é da nossa terra ˩
X2 |
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São Bento da porta aberta
X2
É o pai dos pecadores X2
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Olha o verdegar ó la ri lolela
˥
Olha o verdegar é da nossa terra ˩
X2 |
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E o nosso Rancho de Fafe X2
É o rei dos dançadores X2
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Olha o verdegar ó la ri lolela
˥
Olha o verdegar é da nossa terra ˩
X2 |
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Verdegar Velho
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O Grupo Folclórico
"Meu País" de Maisons-Alfort não podia representar o concelho de Fafe sem
apresentar no seu
repertorio uma dança em relação com a justiça de Fafe e o jogo
do pau.
Em
Fafe antigamente havia uma rivalidade entre os rapazes das freguesias, e as raparigas naquelas festas da
aldeia, nas
espadeladas, nas rifas, nos carvalhais onde estalavam o que lhe chamavam o
« bombo », que era um baloiço com uma tranca de paú em duas ganchas de duas
carvalhas paralelas. Aí faziam um bombo
para baloiçar e o rapaz mais agil e forte levava a rapariga ao baloiço, onde
mostraria a sua força de ir as alturas e capaz de uma volta completa. Era aí um
dos sítios das zaragatas porque já haviam dois a gostar da mesma rapariga, então
era mais complicado a resolver o problema, não seria nem mais nem menos, mas
discutido a paulada, a roda estava-se
a formar, outros chegam armados com os
seus paús e forman-se partidos de um lado e de outro, uns aproveitam-se para
ajustar contas em atraso, outros para molhar a sopa e os mais ablidosos
conseguiam varrer a roda e desapartar. Portanto no fim de tudo um dos dois
rapazes estava mais reforçado de amigos e mais malavaristas do jogo do paú, era
esse que tirava partido da rapariga até uma próxima ocasião ou talvez tenha sido
uma solução para sempre, em Fafe terra da justiça. |
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A moda do verdegar
A moda do verdegar
É bonita de dançar
É bonita de dançar
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Viva o nosso lindo rancho
˥
Viva a nossa linda terra
˩ X2
Ó la la ri lo lé
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Roubai moços roubai moços
Roubai moços roubai moços
As moças aos namorados
As moças aos namorados
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Viva o nosso lindo rancho
˥
Viva a nossa linda terra
˩ X2
Ó la la ri lo lé
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Ó verdegar oh verdegar
Ó verdegar oh verdegar
Ó verdegar verdegei
Ó verdegar verdegei
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Viva o nosso lindo rancho
˥
Viva a nossa linda terra
˩ X2
Ó la la ri lo lé
|
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Por causa do verdegar
Por causa do verdegar
Meu pai minha mãe deixei
Meu pai minha mãe deixei
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Viva o nosso lindo rancho
˥
Viva a nossa linda terra
˩ X2
Ó la la ri lo lé
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Agua leva o Regadinho
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É uma dança popular que se vulgarizou no século
passado dancada no norte todo do Portugal.
A região do minho dedicou aos regadios esta dança e canticos cujo o ritmo e
movimentos dão a sensação da agua a correr pelas louvadas.
Dança bem ritmada, é pouco mais ou menos, uma marcha, este seu aspecto leva-nos
a quer que se trata de uma dança de salão ou burguesa sem o ser.µ
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Agua leva o regadinho
Agua leva agua a regar
Encuanto rega e não rega
O meu amor vou falar X3
Agua leva o regadinho
Agua leva agua a regar
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Vamos dar a meia volta
˥
Meia volta vamos dar
Vamos dar a volta a meia
X2
Chega a frente e troca o par
˩ |
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Agua leva o regadinho
Agua rega e rega bem
Encuanto rega e não rega
Vira-te para mim meu bem X3
Agua leva o regadinho
Agua rega e rega bem
|
Vamos dar a meia volta
˥
Meia volta vamos dar
Vamos dar a volta a meia
X2
Chega a frente e troca o par
˩ |
|
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Agua leva o regadinho
Agua leva o regador
Encuanto rega e nao rega
Vou falar ao cantador X3
Agua leva o regadinho
Agua leva o regador
|
Vamos dar a meia volta
˥
Meia volta vamos dar
Vamos dar a volta a meia
X2
Chega a frente e troca o par
˩ |
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Agua leva o regadinho
Vai regar o alecrim
Encuanto rega e não rega
Amor vira-te pr’a mim X3
Agua leva o regadinho
Vai regar o alecrim
|
Vamos dar a meia volta
˥
Meia volta vamos dar
Vamos dar a volta a meia
X2
Chega a frente e troca o par
˩ |
|
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Vira de Fafe |
O Vira de Fafe é uma dança
tipicamente minhota, não ha região no minho que não tenha varios viras, com
varias maneiras de dançar e musicas variadas mais sempre com uma ritmo
semelhante. O nome da dança deriva do verbo virar, uma referência a um dos seus
movimentos. O vira é ainda hoje uma dança que se dança espontaniamente. No
minho, seja velho ou novo todos sabem dançar o vira, assim o Grupo Folclórico
“Meu País” de Maisons-Alfort apresenta um vira a saudar o nosso concelho de
Fafe.
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Ó linda terra de Fafe, ó aí
Cercada de cravos branco, e ó aí
Onde o meu amor passeia, ó aí
Domingos e dias santos, e ó aí
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Nos somos de Fafe
Nossa linda terra
Nos somos de Fafe
Ó
la ri lo lé X3
Nos somos de Fafe
Nossa linda terra
|
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Ó linda terra de Fafe, ó aí
Ei-de te mandar varrer e ó aí
Qu’uma vassoura de prata ó aí
Que d’ouro não podes ser e ó aí
|
Nos somos de Fafe
Nossa linda terra
Nos somos de Fafe
Ó
la ri lo lé X3
Nos somos de Fafe
Nossa linda terra
|
|
|
Ó linda terra de Fafe, ó aí
A beleza que tu tens, e ó aí
És a terra bonita, ó aí
Ficaras de parabéns, e ó aí
|
Nos somos de Fafe
Nossa linda terra
Nos somos de Fafe
Ó
la ri lo lé X3
Nos somos de Fafe
Nossa linda terra
|
|
|
Eu queria me ir embora, oh aí
Eu queria estar aqui e oh aí
Eu queria estar agora oh aí
Na terra onde nasci e oh aí
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Nos somos de Fafe
Nossa linda terra
Nos somos de Fafe
Ó
la ri lo lé X3
Nos somos de Fafe
Nossa linda terra
|
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Ronda de Fafe |
A Ronda de Fafe é simplesmente
mais uma versão de um vira minhoto, mas este, dançado mais pela burguesia da
vila de Fafe
A sua cadençia um pouco mais
veloz, faz no adivinhar que na burguesia havia mais liberdade e menos pudor que
no povo do campo e da aldeia.
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Ó linda terra de Antime
Ai-de te mandar varrer
Qu’uma vassoura de prata
Que
d’ouro não pode ser
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Ai amor vira te pra mim
Que as voltas do vira são dada assim
Ai amor torna-te a virar
Que as voltas do vira são boas de dar |
|
|
Ó se
loureiro não tivesse
No meio tanta ramada
Menina também eu via
Os olhos a minha amada
|
Ai amor vira te pra mim
Que as voltas do vira são dada assim
Ai amor torna-te a virar
Que as voltas do vira são boas de dar |
|
|
Ó
linda terra de Antime
Ai o longe parece bem
Tem um cravo na entrada
Ai uma rosa na saída
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Ai amor vira te pra mim
Que as voltas do vira são dada assim
Ai amor torna-te a virar
Que as voltas do vira são boas de dar |
|
|
Ó se
loureiro não tivesse
No meio tanta flor
Menina também eu via
Os olhos o meu amor
|
Ai amor vira te pra mim
Que as voltas do vira são dada assim
Ai amor torna-te a virar
Que as voltas do vira são boas de dar
|
|
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Vareira de São
Martinho |
Esta vareira é das danças mais
características da freguesia de Silvares de São Martinho por isso tem o nome da
freguesia. Dança graciosa, de roda com pares de dois, onde estes se trocam ao
mesmo tempo que acompanham a musica. O ritmo desta dança faz no recordar certas
vareiras do Vale do Tamega vizinho.
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Vareira minha vareira X2
Vareira
la-ri-lo-lé-la X2
Hei de cantar a vareira X2
A moda da nossa terra X2 |
Vareira linda vareira X2
Vareira eu vou eu vou X2
Dar vida a quem te deu vida X2
Não dar a quem te matou X2 |
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O Loureiro |
Durante o dia de trabalho, as
gentes do campo cantavam durante a faina agrícola para ajudar o tempo a passar.
As músicas falam dos trabalhos do campo e da eira e dos namoricos que se faziam
por vezes as escondidas. O Grupo Folclórico “Meu País” tenta com “O Loureiro”
encenar os canticos do povo do campo durante a trabalho agrícolo. |
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Se o Loureiro não tivesse
No meio tanta flor
|
Se o Loureiro não tivesse
No meio tanta flor
Da minha janela eu via
Da minha janela eu via X2
Os olhos ao meu amor
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Se o Loureiro não tivesse
No meio tanta ramada
|
Se o Loureiro não tivesse
No meio tanta flor
Da minha janela eu via
Da minha janela eu via X2
Os olhos ao meu amor
|
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Cana Verde das Espedeladas |
Os textos das modas que acompanham os viras focam
em aspectos da vida rural.
Esta dança apresenta um grupo de violeiros animando uma espadeladas do linho. É
sem dúvida no Minho que apareciam os violeiros como uma espécie tipicamente
popular, dando harmonia às rusgas minhotas, conotando sempre um carácter lúdico
e festivo. Juntos aos cavaquinhos, a viola, o violão, braguesa ou por vezes a
rabeca, ou bandolim faziam grandes festas em romarias minhotas.
Aqui nesta dança, um rapaz valentão duma freguesia vizinha e rival numa postura
heróica a tentar intimidações varrendo o adversário com o fim de levar com ele a
rapariga, acabando esta normalmente em pancadaria.
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Coro e
Dançadores: Cantando só com as vozes
Lavo-te a roupa
Faço-te
a cama
Durmo
contigo
Toda
a semana
Toda a semana
Todo
o inverno
Durmo
contigo
Até
seres velho
Ó linho Ó
linho
Ó linho
Ó ai
Por
causa do linho
Fugi
ao meu pai
Fugi
ao meu pai
Fugi
ao meu pai
Ó
linho Ó linho
Ó linho
Ó ai |
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Quem vos rouba é ladrão
Robai moças, robai moças
Quem vos rouba é ladrão
Quem vos rouba é ladrão
Eu também já fui
roubado
Nas voltinhas do malhão
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Filhinhos para criar
Coitadinho de quem tem
Filhinhos para criar
Filhinhos para criar
Quantas vezes lhe dá beijos
Com vontade de
chorar
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Antes de entrar no tear
As voltas que o linho leva
Antes de entrar no tear
Antes de entrar no tear
Não são tantas como as voltas
Que nesta dança vou dar
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Como na roca fiais
Quem me dera ser o linho
Como na roca fiais
Como na roca fiais
Quem me dera ter beijinhos
Como vós no linho diais
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Menina também eu sou
Do Grupo de Meu País
Menina também eu sou
Menina também eu sou
Vá voçé para onde for
Menina também eu vou
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Á noite depois da
ceia
Quem me dera ser o linho
Á noite depois da
ceia
Á noite depois da
ceia
É dovado com
carinho
Á triste luz da
candeia
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Malhão Velho |
O malhão velho é um musica
caraterística de todo a região norte que procura descrever a vida de um lendário
vagabundo que gostava pouco de trabalhar. Andava de terra em terra e executava
pequenos trabalhos que lhe garantiam a sua sobrevivência, vaídoso, bem vestido e
calçado, até usava meias, enquanto o povo daquela altura andava geralemente
descalça, de chancas, tamoncos ou botas me de pés nues.
O nome de "malhão" terá tido origem em
algum instrumento agrícola e nos tempos em que era dançado nas aldeias.
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Ó malhão malhão
˥
Que vida é tua
˩ X2
Comer e beber
˥
Ó malhão malhão X2
Passear no rua
˩
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Ó malhão quando morreu
Aí deixou
dito na escritura X3 |
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Ó malhão malhão
˥
Que vida é tua
˩ X2
Comer e beber
˥
Ó malhão malhão X2
Passear no rua
˩
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Que forrasse o caixão
Com pano de pouca dura X3 |
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Ó malhão malhão
˥
Que vida é tua
˩ X2
Comer e beber
˥
Ó malhão malhão X2
Passear no rua
˩
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Ai ó malhão triste malhão
Ai ó malhão triste coitado X3 |
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Ó malhão malhão
˥
Que vida é tua ˩ X2
Comer e beber
˥
Ó malhão malhão X2
Passear no rua
˩
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Ai por causa de ti ao malhão
Ai anda triste
apoixonada X3 |
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Se eu Fosse Rato |
Nas quadras desta dança, o
cantador e a cantadeira mentem-se en scena subtituindo-se para o lugar e a vida
dum rato, contanto o que fariam “Se eu fosse rato eu roia, eu roia”.
Uma forma de namoro entre um
rapaz e uma rapariga em dia de romaria ou de festa
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Se eu
fosse rato
Eu roia eu roia
Se eu fosse rato X2
Eu roia o teu saiote
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Ó coradinha
Da-me as voltas com jeitinho
Da-me as voltas com jeitinho
X2
Vamos passear pr’o norte
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Se eu
fosse rato
Eu roia eu roia
Se eu fosse rato X2
Eu roia o teu sapato
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Ó coradinha
Da-me as voltas com jeitinho
Da-me as voltas com jeitinho X2
Vamos passear pr’a mato
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Se eu
fosse rato
Eu roia eu roia
Se eu fosse rato X2
Eu roia o teu chapéu
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Ó coradinha
Da-me as voltas com jeitinho
Da-me as voltas com jeitinho X2
Vamos passear pr’o céu
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Se eu
fosse rato
Eu roia eu roia
Se eu fosse rato X2
Eu roia a teu saia
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Ó coradinha
Da-me as voltas com jeitinho
Da-me as voltas com jeitinho X2
Vamos passear pr’a praia
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Vira Valseado |
Mais um vira dançado pelo Grupo
Folclórico “Meu País” de Maisons-Alfort, este com a particularidade de ser em
linha e muito trabalho com os pés
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O
linda terra de Fafe
Hei-de te mandar dourar
De pedrinha em pedrinha
Pro amor passear
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Pro meu amor passear
O la ri lariloléla !!! |
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Daqui
para minha terra
Tudo é caminho e chão
Tudo são cravos e rosas
Plantadas por minha mão
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Plantadas por minha mão
O la ri lariloléla !!! |
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Rapazes e raparigas
Dancai levantai bem o pé
Fazer ver a esta gente
Com nosso grupo é
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Pelo nosso precurer
O la ri lariloléla !!! |
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Adeus
que me vou embora
Daqui me vou retirar
Como uma carinha de riso
Meu coração a chorar
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Meu coração a chorar
O la ri lariloléla !!! |
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Chula |
Pedro Homem de Mello
caracterizou-a como uma "dança complicada, rica e subtil onde certos saltos
evocavam modas escandinavas." Houve tempos em que os trabalhos agrícolas, como
as mondas, as desfolhadas ou as espadeladas do linho eram pretexto suficiente
para puxar da concertina, da viola ou da rabeca e dar ritmo aos movimentos.
As romarias eram outro bom
pretexto para se dançar as 'chulas". Eram criadas com letras e
coreografias um pouco diferentes consoante a localidade em que surgia.
Mas cada freguesia defendia a sua, com brio e vaidade. É
igualmente uma dança de roda, mas o porquê do nome não está esclarecido.
Agora, quem dança as 'chulas'
são os grupos folclóricos que foram surgindo ao longo dos anos, trajados á moda
do Minho e ornamentados com as relíquias em ouro.
O Grupo Folclórico apresenta
aqui também uma das diversas chulas dançadas em Fafe.
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Ó Chula vareira Chula
Ó Chula vareira Chula
Deixa-te andar a asseada
Deixa-te andar a asseada
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Dum sapato e duma meia
Dum sapato e duma meia
Ai linda chinela dourada
Ai linda chinela dourada
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Ó Chula vareira Chula
Ó Chula vareira Chula
Ó Chula linda vareira
Ó Chula linda vareira
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Quem quizer cantar a chula
Quem quizer cantar a chula
Que venha para a minha beira
Que venha para a minha beira
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Ó Chula vareira Chula
Ó Chula vareira Chula
Ó Chula la ri lo lé
Ó Chula la ri lo lé
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Quem quizer dançar a chula
Quem quizer dançar a chula
Tem que saber dar ao pé
Tem que saber dar ao pé
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Cana Verde a Desgarrada |
Mais uma versão de uma Cana Verde
esta cantada a desgarrada.
É sem dúvida no Minho que Cana
Verde mais anima as romarias.
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Boa tarde meus senhores
Boa tarde meus senhores
Eu estou aqui a chegar
Eu estou aqui a chegar
Apareça a cantadeira
Para comigo cantar
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O jardim para as Flores
Se o céu é para estrelas
Aí o jardim para as flores
O jardim para as Flores
Agora que aqui cheguei
Aí boa tarde meus senhores |
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Já minha mãe me dizia
Quando eu era pequenino
Já minha mãe me dizia
Já minha mãe me dizia
Para cantar e dançar
Só na nossa freguesia
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E daqui me vou retirar
Boa tarde meus senhores
E daqui me vou retirar
E daqui me vou retirar
Boa tarde cantador
Eu vou te deixar ficar |
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O Picadinho |
O picadinho era uma dança muito
dançada pela moçidade nas eiras no fim do trabalho do campo.
O Grupo Folclórico “Meu País” de
Maisons-Alfort usa esta moda como entrada da musica e do coro ao palco, assim
como noutra época a moçidade do campo, a entrar na eira para dançar no fim do
trabalho.
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Vira Picado |
O Vira é um gênero
musico-coreográfico do folclore português, mais conhecido com sua caraterística
no minho, mais também dançado em muitas outras províncias.
Exite um multitude de maneiras de
cantar e tocar o vira : Vira descansado, Vira de oito, Vira de cruz, Vira de
Santa Marta etc...
O Grupo Folclórico “Meu País” de
Maisons-Alfort apresenta aqui uns dos viras típicos e dançados nosso concelho de
Fafe: O Vira Picado
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