Danças e Cantares

Clique na Moda Escolhida

Desgarrada a Moda de Fafe

 

Malhão de Roda

 

Vira de cruz


Vareira de São Martinho

 

Vira dos Felizardos

 

Cana Verde Velha

 

Ronda de Fafe

 

Margarida Moleira


Vira de Fafe


Vira Valseado


As Vindimas


Dobadoira


Verdegar das Palmas

 

Serra Serrinha

Se eu Fosse Rato

 

Cana Verde das Espadeladas


Verdegar Velho


O Velho


A Desfolhada


Agua leva o Regadinho


O Loureiro


O Picadinho


Malhão Velho


Vira Picado


Cana Verde a Desgarrada


São João da Ponte


Chula

 

Cantadeira

 

Cantador

 

Coro

 

Historial das danças mais características da cidade de Fafe,

apresentadas pelo grupo nas suas actuações.

 

 

 

Na modas mais correntes, de singeleza de versos e de curtos compassos de música, é que está a nota mais fresca, mais pura e caracteríca do canto popular, na boca dos antigos pastores, quer tivessem vindo, de romarias, serões ou fainas agricolas, já perdidas no esquecimento da origens...

As nossas modas estão perfeitamente dentro do caracter do minhoto e do rodeio da sua paisagem, com a marca alegre, viva e expressiva na nossa região, "O que nasce de nós, vive sempre para além de nós", assim diziam os nossos antepassados.

A caminho das romarias ou no campo, levavam cantares e danças, sempre as mesmas. Quando as raparigas se juntavam a caminho de romarias, ouviam-se as vozes suaves e cheias, ao som das violas, cavaquinhos e harmónios, para danças de roda do vira.

A música, para quem a entender, nascida e afeiçoada a região, foca e retrata no seu povo, e vareia consente o trabalho e a canseira do dia.

As chulas, viras, canas verdes, malhões e vareiras são danças tipicas da nossa região.

 

A Desgarrada a Moda de Fafe (Entrada)

 

Uma desgarrada bem minhota tocada e cantada com uma só voz à moda antiga, como abertura de um convívio entre povos e tradições nos mais elevados encontros do concelho de Fafe.

A desgarrada, é uma cantiga popular em que os cantadores vão improvisando, desafiando e respondendo um ao outro, normalmente ao som da concertina, viola e cavaquinhos. Para além de “desgarrada” recebe por vezes a denominação de Cantares ao Desafio ou Cantigas a Desgarrada...

 

 

Chega-te pra minha beira
Ouve la tu cantador
Chega-te pra minha beira


Chega-te pra minha beira
 Eu daqui e tu dai
Gostamos da brincadeira

 

 

É pr'aquilo que calhar
Gostamos da brincadeira
É pr'aquilo que calhar

É pr'aquilo que calhar
 Cantigas da mocidade
A onde é que queres chegar

 

 

É um rancho ca do minho
O nosso rancho de Fafe
É um rancho ca do minho

É um rancho ca do minho
As mulheres fazem pel'o pão
Os homens fazem pel'vinho

 

 

Acredita podes querer
As mulheres fazem pel'o pão
Acredita podes querer

Acredita podes querer
Os homens fazem pelo vinho
Para as mulheres o beber

 

 

Não tem de deixar ficar
Oh linda terra de Fafe
Não tem de deixar ficar

Não tem de deixar ficar
A terra onde nasci
A onde eu é de cantar

O jeito da-se lhe sempre
Quem tem a boa voltade
O jeito da-se lhe sempre

O jeito da-se lhe sempre
E seguem o bom caminha
Os filhos da boa gente

 

 

Malhão de Roda

 

O malhão é um dança característica de todo a região do norte.

Dançado e cantado nas freguesias mais serranas do concelho, ja distanciadas da parte mais civilizadas onde mesmos se entendiam os melhores choros dos canticos dos povos desta região.

Nos serões, nas espadeladas, nas colheitas, nas vindimas e festa da aldeia, era assim que rodava o malhão de roda

 

      

Ó malhão, triste malhão   ˥
Ó malhão, triste, coitado! 
˩  X2

 

     

Por causa de ti, malhão ˥        
Ando triste, apaixonado ˩
  X2

                 

Ó malhão, triste malhão ˥

Ó malhão linda flor        ˩   X2

 

     

Por causa de ti, malhão ˥        

Eu deixei o meu amor    ˩  X2

 

        

O malhão quando morreu ˥
Deixou dito na escritura    ˩  X2

 

     

Que forrasse o caixão      ˥        
Com pano de pouca dura ˩
  X2

                  

Ó malhão, triste malhão ˥

Eu vou te dizer adeus      ˩  X2

 

     

Ó povo da nossa terra       ˥        

Fica um abraço dos meus ˩  X2

 

 

Vira de Cruz

 

Uma dança de quatro protagonista, cantada e tocada delicadamente, esgutando as alturas a voz da cantadeira e do cantador. Esta dança identifica a região de Fafe em qualquer actuação, festas ou romarias.

 

 

 

A moda do nosso vira      ˥             

Não tem nada que saber  ˩   X2      

 

Não tem nada que saber                  

É andar c'um pé no ar

                    

Outro no chão a bater

Outro no chão a bater                     

 

Ó la la ri lo lé la

 

 

Ó moças dançai o vira   ˥       

Até sapato romper          ˩ X2

 

O sapateiro é pobre                

Ajudai-o a viver                      

     

Ajudai-o a viver                       

Ajudai-o a viver                       

 

Ó la la ri lo lé la                      

 

                  

 

 

 

 

Meninas dançai o vira    ˥  

Dançai o a nossa moda   ˩     X2

 

Dançai o a nossa moda                     

Dai um jeitinho ao corpo

 

Para a saia fazer roda

Para a saia fazer roda

 

Ó la la ri lo lé la

Ó moças dançai o vira    ˥       

Que o vira é coisa boa     ˩ X2

 

Que o vira é coisa boa             

Eu já vi dançar o vira              

 

As meninas de Lisboa             

As meninas de Lisboa              

            

Ó la la ri lo lé la                       

 

 

 

Dobadoira

 

Uma dança dedicada ao dificil e demorado trabalho do linho. A coregrafia desta dança faz nos recordar os movimentos de certos ustensílios utilizados para sua confecção.

 

 

Doba doba dobadoira,       ˥

Não m’enrices a meada    

O novelo é pequeno,               X2

Cabe numa mão fechada.  ˩ 

 

 

Já era noite, Já era dia

Na minha aldeia tudo dormia

Tudo dormia e eu acordava

E a dobadoira sempre dobava

 

 

Desenriça o teu cabelo    ˥

Não o trages enriçado    

Desengana o teu amor           X2            

Não trages enganado      ˩

 

 

Já era noite, Já era dia

Na minha aldeia tudo dormia

Tudo dormia e eu acordava

E a dobadoira sempre dobava

 

 

Chamaste o meu cabelo,   ˥

Dobadora de dobar           

Eu também chamo o teu         X2

Sarilho de sarilhar            ˩ 

 

 

Já era noite, Já era dia

Na minha aldeia tudo dormia

Tudo dormia e eu acordava

E a dobadoira sempre dobava

 

 

Margarida Moleira

 

Esta dança procura narrar a vida de uma moleira lendária que mesmo não sendo casada e não tendo namorado, aparecia gravida com frequência, os cantares ilustrem-se com a musica a fazer perguntas sobre o nome do seu homem, tendo sempre uma resposta dada de forma evasiva.
Uma dança de roda com movimentos diferentes ricos e elegantes, em forma de lentidão adequada a todas as idades. Dançada e tocada numa forma antiga, depois da existancia dos moinhos, moleiros e moleiras, homenageando o passado e o presente.

 

         

 

Ó Margarida Moleira    ˥

Da-me da tua farinha   ˩    X2

 

 

 

 

Ai ai ai que eu quero peneirar   ˥       

Ai ai ai pela a nova penerinha   ˩ X2

       

 

Ó Margarida Moleira         ˥

Que é da outra margarida  ˩   X2

 

 

 

 

Ai ai ai a outra ficou em casa    ˥       

Ai ai ai com a espiga dela caida ˩ X2

       

 

Ó Margarida Moleira                ˥           

Como se chama o teu homem   ˩   X2

 

 

Ai ai ai chama-se batata assada ˥      

Ai ai ai qu’ela crua não se come ˩ X2

 

Vira dos Felizardos

 

As recolhas são tesouros de riquezas das gentes da nossa terra, assim como o vira dos Felizardos, uma das danças mais históricas do nosso povo.

Numa freguesia pequena e montanhosa a norte do concelho de Fafe, nas encostas de um monte. Na década de 40 a 50 um grupo de homens e mulheres que se dedicavam a assaltos e espalhavam pelo concelho o terror. Pelas acções, os chamados «  Felizardos » deram imenso trabalho à GNR e até a uma força de cavalaria de Braga.

Os mais velhinhos dessa freguesia contavam que para roubar as galinhas os ditos "Felizardos" atavam o grão numa linha, e também, em grupos faziam danças nas festas e feiras, e em grande confusão enquanto uns dançavam outros andavam a roubar, era por isso que se chamava "O Vira dos Felizardos"

 

 

Como é uma mulher

Como queres tu saber

Como é uma mulher

 

Como é uma mulher

Chora e ri ao mesmo tempo

E engana quem ela quer

 

 

Anda que eu deixo-te vir

Ó meu amor anda anda

Anda que eu deixo-te vir

   

Anda que eu deixo-te vir

Quem no meu peito entrar

Devagar tornar a sair

 

 

Só lhe falta ter um rabo

Os homens são como o lobo

Só lhe falta ter um rabo

             

Só lhe falta ter um rabo

Andam de noite e de dia

A enfigurar o diabo

Naquela borda tão alta

Não cortes o amieiro

Naquela borda tão alta

 

Naquela borda tão alta

Quem diga bem não ha

Quem diga mal não falta

 

 

O Velho

 

Esta dança procura narrar a vida do velho que procurava cortejar as raparigas. A dança procura mostrar a pujança de um jovem no inicio da mesma e degradando-se posteriormente para ilustrar a condição fisica do homem que com o peso dos anos dança curvado, de maneira desajeitada, e penosa.
Esta dança muito tradicional da vizinha Guimarães, também dançada no concelho de Fafe. Dança de pares de quatro que traduz com fidelidade a pujança da juventude para no momento seguinte coreagraficamente mostrar, nos homens, a velhice decrépita.

 

Se um dia eu casar qu’um velho ˥

Muito me ei-de rir                        ˩ X2

 

Ei-de por a cama alta    ˥

Para o velho não subir  ˩  X2

 

 

Olha o velho, olha o velho ˥       

Olha o velho, digo digo      ˩ X2

 

Ou tu as-de morrer velho    ˥       

Ou ei-de enterrar vivo         ˩ X2

Eu casei-me qu’uma velha ˥

Que tinha muito dinheiro  ˩  X2

 

O migalheiro furado     ˥

Melhor fica-se solteiro  ˩  X2

 

 

Olha o velho, olha o velho ˥       

Olha o velho, digo digo      ˩ X2

 

Ou tu as-de morrer velho    ˥       

Ou ei-de enterrar vivo         ˩ X2

Olho o velho qu’é so velho ˥

E ainda cria escolher          ˩  X2

 

Queria dinheiro e mulher ˥

Mas isso não pode ser        ˩   X2

 

 

Olha o velho, olha o velho ˥       

Olha o velho, digo digo      ˩ X2

 

Ou tu as-de morrer velho    ˥       

Ou ei-de enterrar vivo         ˩ X2

Eu fui dar qu’o velho morto ˥

Entre as pedras do larga       ˩  X2

 

Atirei-lhe qu’um fueiro ˥

Pois o velho a dançar    ˩  X2

 

 

Olha o velho, olha o velho ˥       

Olha o velho, digo digo      ˩ X2

 

Ou tu as-de morrer velho    ˥       

Ou ei-de enterrar vivo         ˩ X2

 

A Desfolhada
 

Dança popular da fainas agrícolas, desfolhadas ou descamisadas, dança de pares a quatro e transformando-se em roda com todos os outros pares. Nos serões da desfolhada do milho, após a realização do trabalho os pares juntavam-se na eira em volta da concertina e com naturalidade acontecia a dança. 

 

As Vindimas

 

Inicialmente é uma dança simples onde os pares se fazem frente quatro por quatro alternando aproximações, no segundo andamente passam os pares de quatro cruzando-se. No terceiro andamento os pares votam com no inicio alternando aproximações.

Marcações populares e usada nas vindimas junto ao lagar.

 

Este tempo das vindimas ˥

É um tempo d’alegria      ˩   X2

 

Descei cestas cheias para baixo ˥

Outras vazias para cima             ˩   X2

 

 

Vamos as vindimas, vamos vindimar

Vamos raparigas, encher o largar

Encher o largar, encher o largar

Vamos raparigas, vamos Vindimar

 

Não ha coisa mais bonita      ˥
Que as vindimas lá n'aldeia  
˩  X2
 

Rapariga com os cestos  ˥
Rapazes na brincadeira  
˩    X2

 

 

Vamos as vindimas, vamos vindimar

Vamos raparigas, encher o largar

Encher o largar, encher o largar

Vamos raparigas, vamos Vindimar

 

Acabam as vindimas        ˥

Vamos para eira dançar  ˩   X2

 

Rapazes e raparigas  ˥

Até o galo cantar      ˩   X2

 

 

Vamos as vindimas, vamos vindimar

Vamos raparigas, encher o largar

Encher o largar, encher o largar

Vamos raparigas, vamos Vindimar

 

Não ha coisa mais bonita     ˥
Que os serões nas vindimas 
˩   X2
 
Tudo canta e tudo dança
  ˥
Ao toque da concertina     
˩   X2

 

 

Vamos as vindimas, vamos vindimar

Vamos raparigas, encher o largar

Encher o largar, encher o largar

Vamos raparigas, vamos Vindimar

 

 

Cana Verde Velha

 

A cana verde é um dança que predomina em todo o minho, com varias versões musicais e corograficas que variam de terra para terra, servia para cantares aos desafios acompanhados de concertina, cavaquinho e braguesa. Esta cana verde velha era muitas vezes dançada e tocada na freguesia de Pedraído, vindo mesmo a chamar-se Cana Verde de Pedraído.

 

 

 

 

Hei-de te mandar varer

Oh linda terra de Fafe

Hei-de te mandar varer

 

Hei-de te mandar varer

Q’uma vasoura de prata

Que d’ouro não pode ser

 

 

 

Tocam ambos a paixão

Os sinos da Igreja Nova

Tocam ambos a paixão

 

Tocam ambos a paixão

O pequeno a cana verde

E o grande toca o Malhão

 

 

 

 

Hei-de te mandar d’ourar

Adeus terra de Fafe

Hei-de te mandar d’ourar

 

Hei-de te mandar d’ourar

De pedrinha em pedrinha

Para o meu amor passear

 

 

Navega por onde de quer

A cana verde no mar

Navega por onde de quer

 

Navega por onde de quer

É como o rapaz solteiro

Enquanto não tem mulher

 

 

Verdegar das Palmas
 

O Minho é uma região que se caracteriza pelas suas paisagens verdes, sejam elas compostas por serras, montes ou campos, até o vinho seja ela branco ou tinto é sempre verde.
Esta moda incorpora uma dança e cantares alusivas a primavera e a alegria transmitida do povo nesta altura de ano em que os campos começam a enverdejar.

 

 

 

Ó verdegar verdegar      X2

Ó verdegar verdegei      X2

 

 

Olha o verdegar ó la ri lolela       ˥       

Olha o verdegar é da nossa terra  ˩ X2

 

Por causa do verdegar        X2

Meu pai minha mae deixei    X2

 

 

Olha o verdegar ó la ri lolela      ˥       

Olha o verdegar é da nossa terra ˩ X2

 

A moda do verdegar    X2

É uma moda bonita    X2

 

 

Olha o verdegar ó la ri lolela       ˥       

Olha o verdegar é da nossa terra  ˩ X2

 

Toda as moda se acabão     X2

Só a do verdegar fica     X2

 

 

Olha o verdegar ó la ri lolela       ˥       

Olha o verdegar é da nossa terra  ˩ X2

 

São Bento da porta aberta     X2

É o pai dos pecadores          X2

 

 

Olha o verdegar ó la ri lolela       ˥       

Olha o verdegar é da nossa terra  ˩ X2

 

E o nosso Rancho de Fafe    X2

É o rei dos dançadores        X2

 

 

Olha o verdegar ó la ri lolela       ˥       

Olha o verdegar é da nossa terra  ˩ X2


 

Verdegar Velho

 

O Grupo Folclórico "Meu País" de Maisons-Alfort não podia representar o concelho de Fafe sem apresentar no seu repertorio uma dança em relação com a justiça de Fafe e o jogo do pau.

Em Fafe antigamente havia uma rivalidade entre os rapazes das freguesias, e as raparigas naquelas festas da aldeia, nas espadeladas, nas rifas, nos carvalhais onde estalavam o que lhe chamavam o « bombo », que era um baloiço com uma tranca de paú em duas ganchas de duas carvalhas paralelas. Aí faziam um bombo para baloiçar e o rapaz mais agil e forte levava a rapariga ao baloiço, onde mostraria a sua força de ir as alturas e capaz de uma volta completa. Era aí um dos sítios das zaragatas porque já haviam dois a gostar da mesma rapariga, então era mais complicado a resolver o problema, não seria nem mais nem menos, mas discutido a paulada, a roda estava-se a formar, outros chegam armados com os seus paús e forman-se partidos de um lado e de outro, uns aproveitam-se para ajustar contas em atraso, outros para molhar a sopa e os mais ablidosos conseguiam varrer a roda e desapartar. Portanto no fim de tudo um dos dois rapazes estava mais reforçado de amigos e mais malavaristas do jogo do paú, era esse que tirava partido da rapariga até uma próxima ocasião ou talvez tenha sido uma solução para sempre, em Fafe terra da justiça. 

 

 

A moda do verdegar

A moda do verdegar 

É bonita de dançar

É bonita de dançar         

 

 

Viva o nosso lindo rancho ˥       

Viva a nossa linda terra     ˩ X2

 

Ó la la ri lo lé                              

 

Roubai moços roubai moços

Roubai moços roubai moços    

As moças aos namorados

As moças aos namorados        

 

 

Viva o nosso lindo rancho ˥       

Viva a nossa linda terra     ˩ X2

 

Ó la la ri lo lé                              

 

Ó verdegar oh verdegar

Ó verdegar oh verdegar

Ó verdegar verdegei

Ó verdegar verdegei

 

 

Viva o nosso lindo rancho ˥       

Viva a nossa linda terra     ˩ X2

 

Ó la la ri lo lé                              

 

 

Por causa do verdegar

Por causa do verdegar

Meu pai minha mãe deixei

Meu pai minha mãe deixei

 

 

Viva o nosso lindo rancho ˥       

Viva a nossa linda terra     ˩ X2

 

Ó la la ri lo lé                              

 

Agua leva o Regadinho

 

É uma dança popular que se vulgarizou no século passado dancada no norte todo do Portugal.
A região do minho dedicou aos regadios esta dança e canticos cujo o ritmo e movimentos dão a sensação da agua a correr pelas louvadas.
Dança bem ritmada, é pouco mais ou menos, uma marcha, este seu aspecto leva-nos a quer que se trata de uma dança de salão ou burguesa sem o ser.µ

 

 

Agua leva o regadinho

Agua leva agua a regar

Encuanto rega e não rega

 

O  meu amor vou falar    X3

 

Agua leva o regadinho

Agua leva agua a regar

 

 

 

Vamos dar a meia volta        ˥       

Meia volta vamos dar                    

Vamos dar a volta a meia        X2

Chega a frente e troca o par  ˩      

 

 

Agua leva o regadinho

Agua rega e rega bem

Encuanto rega e não rega

 

Vira-te para mim meu bem    X3

 

Agua leva o regadinho

Agua rega e rega bem

 

 

 

 

Vamos dar a meia volta        ˥       

Meia volta vamos dar                    

Vamos dar a volta a meia        X2

Chega a frente e troca o par  ˩      

 

 

Agua leva o regadinho

Agua leva o regador

Encuanto rega e nao rega

 

Vou falar ao cantador    X3

 

Agua leva o regadinho

Agua leva o regador

 

 

 

 

Vamos dar a meia volta        ˥       

Meia volta vamos dar                    

Vamos dar a volta a meia        X2

Chega a frente e troca o par  ˩      

 

 

Agua leva o regadinho

Vai regar o alecrim              

Encuanto rega e não rega

 

Amor vira-te pr’a mim    X3

 

Agua leva o regadinho

Vai regar o alecrim

 

 

 

 

Vamos dar a meia volta        ˥       

Meia volta vamos dar                    

Vamos dar a volta a meia        X2

Chega a frente e troca o par  ˩      

 

 

Vira de Fafe

 

O Vira de Fafe é uma dança tipicamente minhota, não ha região no minho que não tenha varios viras, com varias maneiras de dançar e musicas variadas mais sempre com uma ritmo semelhante. O nome da dança deriva do verbo virar, uma referência a um dos seus movimentos. O vira é ainda hoje uma dança que se dança espontaniamente. No minho, seja velho ou novo todos sabem dançar o vira, assim o Grupo Folclórico “Meu País” de Maisons-Alfort apresenta um vira a saudar o nosso concelho de Fafe.

 

 

 

Ó linda terra de Fafe, ó aí

Cercada de cravos branco, e ó aí

              

Onde o meu amor passeia, ó aí

Domingos e dias santos, e ó aí

 

 

Nos somos de Fafe         

Nossa linda terra           

Nos somos de Fafe         

Ó la ri lo lé               X3

Nos somos de Fafe         

Nossa linda terra           

 

 

 

 

Ó linda terra de Fafe, ó aí

Ei-de te mandar varrer e ó aí

 

Qu’uma vassoura de prata ó aí

Que d’ouro não podes ser e ó aí

 

 

Nos somos de Fafe         

Nossa linda terra           

Nos somos de Fafe         

Ó la ri lo lé               X3

Nos somos de Fafe         

Nossa linda terra           

 

 

 

            

Ó linda terra de Fafe, ó aí

A beleza que tu tens, e ó aí

 

És a terra bonita, ó aí

Ficaras de parabéns, e ó aí

 

 

Nos somos de Fafe         

Nossa linda terra           

Nos somos de Fafe         

Ó la ri lo lé               X3

Nos somos de Fafe         

Nossa linda terra           

  

 

 

 

Eu queria me ir embora, oh aí

Eu queria estar aqui e oh aí

 

Eu queria estar agora oh aí

Na terra onde nasci e oh aí

 

 

Nos somos de Fafe         

Nossa linda terra           

Nos somos de Fafe         

Ó la ri lo lé               X3

Nos somos de Fafe         

Nossa linda terra           

  

 

 

Ronda de Fafe

 

A Ronda de Fafe é simplesmente mais uma versão de um vira minhoto, mas este, dançado mais pela burguesia da vila de Fafe

A sua cadençia um pouco mais veloz, faz no adivinhar que na burguesia havia mais liberdade e menos pudor que no povo do campo e da aldeia.

 

 

Ó linda terra de Antime

Ai-de te mandar varrer

Qu’uma vassoura de prata

Que d’ouro não pode ser

 

 

Ai amor vira te pra mim

Que as voltas do vira são dada assim

Ai amor torna-te a virar

Que as voltas do vira são boas de dar

 

Ó se loureiro não tivesse

No meio tanta ramada

Menina também eu via

Os olhos a minha amada

 

 

Ai amor vira te pra mim

Que as voltas do vira são dada assim

Ai amor torna-te a virar

Que as voltas do vira são boas de dar

 

Ó linda terra de Antime

Ai o longe parece bem

Tem um cravo na entrada

Ai uma rosa na saída

 

 

Ai amor vira te pra mim

Que as voltas do vira são dada assim

Ai amor torna-te a virar

Que as voltas do vira são boas de dar

 

Ó se loureiro não tivesse

No meio tanta flor

Menina também eu via

Os olhos o meu amor

 

 

Ai amor vira te pra mim

Que as voltas do vira são dada assim

Ai amor torna-te a virar

Que as voltas do vira são boas de dar

 

 

 

 

Vareira de São Martinho

 

Esta vareira é das danças mais características da freguesia de Silvares de São Martinho por isso tem o nome da freguesia. Dança graciosa, de roda com pares de dois, onde estes se trocam ao mesmo tempo que acompanham a musica. O ritmo desta dança faz no recordar certas vareiras do Vale do Tamega vizinho.

 

Vareira minha vareira   X2

Vareira la-ri-lo-lé-la      X2

 

Hei de cantar a vareira  X2

A moda da nossa terra   X2

Vareira linda vareira              X2

Vareira eu vou eu vou            X2

 

Dar vida a quem te deu vida  X2

Não dar a quem te matou      X2

   

 

O Loureiro

Durante o dia de trabalho, as gentes do campo cantavam durante a faina agrícola para ajudar o tempo a passar. As músicas falam dos trabalhos do campo e da eira e dos namoricos que se faziam por vezes as escondidas. O Grupo Folclórico “Meu País” tenta com “O Loureiro” encenar os canticos do povo do campo durante a trabalho agrícolo.

 

 

Se o Loureiro não tivesse

No meio tanta flor

 

 

Se o Loureiro não tivesse       

No meio tanta flor                  

Da minha janela eu via          

Da minha janela eu via    X2

Os olhos ao meu amor           

 

 

 

Se o Loureiro não tivesse

No meio tanta ramada

 

 

      

 Se o Loureiro não tivesse       

No meio tanta flor                  

Da minha janela eu via          

Da minha janela eu via    X2

Os olhos ao meu amor           

 

 

 
Cana Verde das Espedeladas

 

Os textos das modas que acompanham os viras focam em aspectos da vida rural.
Esta dança apresenta um grupo de violeiros animando uma espadeladas do linho. É sem dúvida no Minho que apareciam os violeiros como uma espécie tipicamente popular, dando harmonia às rusgas minhotas, conotando sempre um carácter lúdico e festivo. Juntos aos cavaquinhos, a viola, o violão, braguesa ou por vezes a rabeca, ou bandolim faziam grandes festas em romarias minhotas.
Aqui nesta dança, um rapaz valentão duma freguesia vizinha e rival numa postura heróica a tentar intimidações varrendo o adversário com o fim de levar com ele a rapariga, acabando esta normalmente em pancadaria.

 

 

 

 

Coro e Dançadores: Cantando só com as vozes

 

                                                    Lavo-te a roupa

                                                    Faço-te a cama

                                                    Durmo contigo

                                                    Toda a semana

                                                    Toda a semana

                                                    Todo o inverno

                                                    Durmo contigo 

                                                    Até  seres velho

                                                    Ó linho Ó linho

                                                    Ó linho Ó ai

                                                    Por causa do linho

                                                    Fugi ao meu pai

                                                    Fugi ao meu pai

                                                    Fugi ao meu pai

                                                    Ó linho Ó linho

                                                    Ó linho Ó ai

 

 

 

Quem vos rouba é ladrão

Robai moças, robai moças

Quem vos rouba é ladrão

 

Quem vos rouba é ladrão

Eu também já fui roubado

Nas voltinhas do malhão

 

 

Filhinhos para criar

Coitadinho de quem tem

Filhinhos para criar

 

Filhinhos para criar

Quantas vezes lhe dá beijos

Com vontade de chorar

 

 

 

 

Antes de entrar no tear

As voltas que o linho leva

Antes de entrar no tear

 

Antes de entrar no tear

Não são tantas como as voltas

Que nesta dança vou dar

 

 

Como na roca fiais

Quem me dera ser o linho

Como na roca fiais

 

Como na roca fiais

Quem me dera ter beijinhos

Como vós no linho diais

 

 

 

 

Menina também eu sou

Do Grupo de Meu País

Menina também eu sou

 

Menina também eu sou

Vá voçé para onde for

Menina também eu vou

 

 

Á noite depois da ceia

Quem me dera ser o linho

Á noite depois da ceia

 

Á noite depois da ceia

É dovado com carinho

Á triste luz da candeia

 

 

Malhão Velho

 

O malhão velho é um musica caraterística de todo a região norte que procura descrever a vida de um lendário vagabundo que gostava pouco de trabalhar. Andava de terra em terra e executava pequenos trabalhos que lhe garantiam a sua sobrevivência, vaídoso, bem vestido e calçado, até usava meias, enquanto o povo daquela altura andava geralemente descalça, de chancas, tamoncos ou botas me de pés nues.

O nome de "malhão" terá tido origem em algum instrumento agrícola e nos tempos em que era dançado nas aldeias.

 

 

 

Ó malhão malhão  ˥        

Que vida é tua        ˩  X2

 

Comer e beber        ˥        

Ó malhão malhão      X2

Passear no rua       ˩        

 

 

 

 

Ó malhão quando morreu          

Aí deixou dito na escritura   X3

 

 

 

Ó malhão malhão  ˥        

Que vida é tua        ˩  X2

 

Comer e beber        ˥        

Ó malhão malhão      X2

Passear no rua       ˩        

 

 

 

 

Que forrasse o caixão                

Com pano de pouca dura     X3

 

 

 

 

Ó malhão malhão  ˥        

Que vida é tua        ˩  X2

 

 Comer e beber        ˥        

Ó malhão malhão      X2

Passear no rua       ˩         

 

 

 

 

Ai ó malhão triste malhão         

Ai ó malhão triste coitado    X3

 

 

 

Ó malhão malhão  ˥        

  Que vida é tua      ˩  X2

 

Comer e beber        ˥        

Ó malhão malhão      X2

Passear no rua       ˩         

 

 

 

 

Ai por causa de ti ao malhão      

Ai anda triste apoixonada     X3

 

 

Se eu Fosse Rato

 

Nas quadras desta dança, o cantador e a cantadeira mentem-se en scena subtituindo-se para o lugar e a vida dum rato, contanto o que fariam “Se eu fosse rato eu roia, eu roia”.

Uma forma de namoro entre um rapaz e uma rapariga em dia de romaria ou de festa

 

 

 

Se eu fosse rato

Eu roia eu roia

Se eu fosse rato    X2

Eu roia o teu saiote   

 

 

Ó coradinha                                    

Da-me as voltas com jeitinho         

Da-me as voltas com jeitinho   X2

Vamos passear pr’o norte              

 

 

Se eu fosse rato

Eu roia eu roia

Se eu fosse rato    X2

Eu roia o teu sapato   

 

 

Ó coradinha                                    

Da-me as voltas com jeitinho         

Da-me as voltas com jeitinho   X2

Vamos passear pr’a mato               

 

 

Se eu fosse rato

Eu roia eu roia

Se eu fosse rato    X2

Eu roia o teu chapéu  

 

 

Ó coradinha                                    

Da-me as voltas com jeitinho         

Da-me as voltas com jeitinho   X2

Vamos passear pr’o céu                 

 

 

Se eu fosse rato

Eu roia eu roia

Se eu fosse rato    X2 

Eu roia a teu saia  

 

 

Ó coradinha                                    

Da-me as voltas com jeitinho         

  Da-me as voltas com jeitinho   X2

Vamos passear pr’a praia               

 

 

Vira Valseado

 

Mais um vira dançado pelo Grupo Folclórico “Meu País” de Maisons-Alfort, este com a particularidade de ser em linha e muito trabalho com os pés

 

 

O linda terra de Fafe

Hei-de te mandar dourar

De pedrinha em pedrinha

Pro amor passear

 

 

 

Pro meu amor passear

O la ri lariloléla !!!

 

Daqui para minha terra

Tudo é caminho e chão

Tudo são cravos e rosas

Plantadas por minha mão

 

 

 

Plantadas por minha mão

O la ri lariloléla !!!

 

Rapazes e raparigas

Dancai levantai bem o pé

Fazer ver a esta gente

Com nosso grupo é

 

 

 

Pelo nosso precurer

O la ri lariloléla !!!

 

Adeus que me vou embora

Daqui me vou retirar

Como uma carinha de riso

Meu coração a chorar 

 

 

 

Meu coração a chorar

O la ri lariloléla !!!

 

Chula

 

Pedro Homem de Mello caracterizou-a como uma "dança complicada, rica e subtil onde certos saltos evocavam modas escandinavas." Houve tempos em que os trabalhos agrícolas, como as mondas, as desfolhadas ou as espadela­das do linho eram pretexto suficiente para puxar da concertina, da viola ou da rabeca e dar ritmo aos movimentos.

As romarias eram outro bom pretexto para se dançar as 'chulas". Eram criadas com letras e coreografias um pouco diferentes consoante a localidade em que surgia. Mas cada freguesia defendia a sua, com brio e vaidade. É igualmente uma dança de roda, mas o porquê do nome não está esclarecido.

Agora, quem dança as 'chulas' são os grupos folclóricos que foram surgindo ao longo dos anos, trajados á moda do Minho e ornamentados com as relíquias em ouro.

O Grupo Folclórico apresenta aqui também uma das diversas chulas dançadas em Fafe.

 

 

Ó Chula vareira Chula

Ó Chula vareira Chula

Deixa-te andar a asseada

Deixa-te andar a asseada

 

 

Dum sapato e duma meia

Dum sapato e duma meia

Ai linda chinela dourada

Ai linda chinela dourada

 

 

Ó Chula vareira Chula

Ó Chula vareira Chula

Ó Chula linda vareira

Ó Chula linda vareira

 

 

Quem quizer cantar a chula

Quem quizer cantar a chula

Que venha para a minha beira

Que venha para a minha beira

 

 

Ó Chula vareira Chula

Ó Chula vareira Chula

Ó Chula la ri lo lé

Ó Chula la ri lo lé

 

 

Quem quizer dançar a chula

Quem quizer dançar a chula

Tem que saber dar ao pé

Tem que saber dar ao pé

 

 
Cana Verde a Desgarrada

 

Mais uma versão de uma Cana Verde esta cantada a desgarrada.

É sem dúvida no Minho que Cana Verde mais anima as romarias.

 

 

 

Boa tarde meus senhores

Boa tarde meus senhores

Eu estou aqui a chegar

 

Eu estou aqui a chegar

Apareça a cantadeira

Para comigo cantar

 

 

O jardim para as Flores

Se o céu é para estrelas

Aí o jardim para as flores

 

O jardim para as Flores

Agora que aqui cheguei

Aí boa tarde meus senhores

 

 

 

Já minha mãe me dizia

Quando eu era pequenino

Já minha mãe me dizia

 

Já minha mãe me dizia

Para cantar e dançar

Só na nossa freguesia

 

 

E daqui me vou retirar

Boa tarde meus senhores

E daqui me vou retirar

 

E daqui me vou retirar

Boa tarde cantador

Eu vou te deixar ficar

 

 
O Picadinho

 

O picadinho era uma dança muito dançada pela moçidade nas eiras no fim do trabalho do campo.

O Grupo Folclórico “Meu País” de Maisons-Alfort usa esta moda como entrada da musica e do coro ao palco, assim como noutra época a moçidade do campo, a entrar na eira para dançar no fim do trabalho.

 

Vira Picado

 

O Vira é um gênero musico-coreográfico do folclore português, mais conhecido com sua caraterística no minho, mais também dançado em muitas outras províncias.

Exite um multitude de maneiras de cantar e tocar o vira : Vira descansado, Vira de oito, Vira de cruz, Vira de Santa Marta etc...

O Grupo Folclórico “Meu País” de Maisons-Alfort apresenta aqui uns dos viras típicos e dançados nosso concelho de Fafe:  O Vira Picado

 

 

 José Lourenço / Rancho Folclórico "Meu País" de Maisons-Alfort
 Todos os direitos de cópia reservados
 Webmaster: Meupais@free.fr