Traje Domingueiro Traje Domingueiro Traje Domingueiro

O Homem do Domingo

 

Sempre que o homem saía para a festa, romaria, feira, feiras francas, espadeladas levava um chapéu na cabeça para o proteger da chuva ou do sol. Levava sempre com ele também um pau de lodão pela caminhada, porque os caminhos obrigavam a um esforço redobrado pelo desnível. Mas por vezes o pau servia para ajustamente de contas, e em termos de justiça de Fafe, para à bordoada se por acaso acontecese. O pau já servia para esse fim. Já escolhia o pau o mais rijo e o maís flexível possível, um orgulho se esse vergava da ponta ao pé.

 

- Camisa de linho bordada.

- Camisola interior bordada nos punhos.

- Faixa preta

- Chapéu de 3 bicos.

- Colete e uma jaqueta.

- Calça de fazenda

- Bota de vitela.

- O pau, em Fafe é símbolo de justiça, o homem nunca saía de casa sem o seu pau,.....para o que desse ou viesse. 

 

Traje Domingueiro Traje Domingueiro Traje Domingueiro
     
Traje Domingueiro Traje Domingueiro Traje Domingueiro
   
Traje Domingar Abastado Traje Domingar Abastado Traje Domingar Abastado
     
O homem abastado não tinha pobreza, não era o mais rico, mas já era proprietário da sua quinta que assim fabricava entre ele e os seus familiares. Por vezes tinha mesmo alguns criados de servir, onde tinha a esperança de um dia chegar a grande riqueza ou proprietário de mais quintas. O casamento de uma filha preocupava muito mais os país do que o casamento de um filho, porque este é mais independentes e, assim, tem mais posibilidades de aumentar a sua fortuna, enquanto a mulher está mais condicionada à riqueza de seus país. É por isso que, normalmente, os país tinham sempre mais a tendencia de encorajar os casamentos das filhas com rapazes pertencentes a uma clase mais abastada e já propretários de terrenos.
Traje Domingar Abastado   Traje Domingar Abastado
 

Até ao século XIX, as festas tinham essencialmente um cariz religiosos, divertiam-se e cumpriam promessas ao santo padroeiro da freguesia.

 

Para os mais novos, estes dias serviam para arranjar namoradas e marcar novos encontros que muitas vezes davam em namoros ou casamento.

 

O rapaz quando ia a uma romaria ou a uma festa tinha o cuidado de ir bem “trajado” para mostrar a sua elegância, o seu brio de um rapaz desejado pelas raparigas da freguesia ou das freguesias vizinhas. Quando ele era de família abastada, procurava uma rapariga não muito pobre e de preferência rica para um futuro casamento afortunado.

 

Os homens trajavam de chapéu braguês, de aba larga, colete de costas de cor, em geral vermelho, jaqueta de alamares ao ombro, camisa de linho bordado, com o nome do dono bordado a vermelho. Na cinta, uma faixa preta de várias voltas segurava as calças. Nas mãos dos homens não faltavam nunca os varapaus de lodo, para qualquer refrega que surgisse.

 

Traje de Festa e Romaria

Ao longo dos tempos, os romeiros têm percorrido, a pé, dezenas de quilómetros em direcção das mais diversas romarias com a Senhora de Antime em Fafe, a Senhora das Neves da Lagoa, Senhora da Livração, Senhora da ajuda, o São Torcato de Guimarães, a Senhora de Porto de Ave na Póvoa de Lanhoso etc..
As festas e romarias eram momentos de convivio onde os rapazes procuravam encontrar raparigas mas nem só.
Para além do sacrifício da caminhada, os romeiros não se esqueciam de ir a capela ou a igreja da freguesia, para lá depositar a sua esmola ou promessas em dinheiro, milho, farinha ou sal ao santo padroeiro, para que este o ajuda-se no dia a dia da sua vida.
Em troca recebia então uma imagem do santo, que colocava por vezes no seu chapeu, mostrando então ao outros romeiros que tinha dado uma esmola, uma forma de mostrar que ja tinha autorização de participar nesta romaria. O tamanho da imagem do santo era conforme o tamanho da esmolas.
De regresso a casa, por vezes numa freguesia vizinha, a imagem do santo colocado no chapéu, servia para mostrar que foi a romaria, uma forma de orgulho, o de despertar inveja e ciúmes para aqueles que não poderam ir a romaria.

 

São Bento de Pedraído - Fafe

 

 

Traje do Romeiro Traje do Romeiro Traje do Romeiro

O Feirante

O Feirante (Variante)

No século XIX, as feiras representavam o local de encontro e sobretudo de troca dos mais diversos produtos, levados por lavradores, comerciantes de pequeno e grande trato, que vendiam e se abasteciam na compra de outros produtos.

A feira, antes de mais era um local de encontro entre os vendedores : os feirantes e compradores : os fregueses que ali estabeleciam os seus negócios.

As feiras surgiram da necessidade da troca de produtos entre o homem do campo e da cidade, e entre regiões diferentes. A sua expansão está intimamente associada às festividades religiosas, como as romarias e peregrinações, por serem um momento de aglomeração de pessoas em dias de tréguas.
Historicamente as feiras adquiriram uma importância muito grande, que ultrapassa seu papel comercial e as transforma, em muitas sociedades, num entreposto de trocas culturais e de aprendizado, onde pessoas de várias localidades se congregam para estabelecer laços de sociabilidade.

 

O homem de feira devia ser elegante e aprumado para se mostrar e, também, para as pessoas confiarem nas suas compras por ele ser tão correcto e fidalgo. O homem feirante, também era caracterizado pelo o seu bem vestir :

 

- Pau na mão

- Calça em cotim as riscas

- Bota de vitela

- Faixa preta

- Colete com corrente em ouro ou prata para o relógio de bolso.

- Camisa de linho bordado

- Camisola interior de punhos bordados.

- Chapéu de 3 bicos

 

 

 

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