Os Sinos

 

Além da utilização como alfaias religiosas, os sinos foram também concebidos como a voz do povo e permaneceram como principal meio de comunicação ao longo dos séculos. Nas mãos de sacristãos experimentados, eram tocados com mestria e com a emoção que a notícia devia transmitir. Podiam, assim, distinguir-se uns dos outros pelo modo como se exprimiam, variando o timbre, a altura, a intensidade, a duração, o ritmo e o compasso do som.
Antigamente, o sino da igreja desempenhou um papel fundamental no quotidiano dos lavradores, quanto maiores eram as suas dimensões e amplitude sonora, maior seria o estatuto das povoações.

Os sinos serviam:
 
- Para anunciar as festas, os batismos das crianças ou casamentos.
 
- Para chamar as pessoas para as cerimónias religiosas.
 
- Para anunciar o falecimento de conterrâneos, através de uma percussão lenta e pesarosa, que pode ser diferenciada conforme o género do defunto: para anunciar a morte de um homem, toca três vezes; para avisar a de uma mulher, ouvem-se dois toques, para sinalizar a de um “anjinho”, nome dado às crianças de tenra idade, dobra continuadamente.
 
- Para anunciar o fogo, o sino era tocado a rebate, para avisar do perigo imediato.

 

Hoje, este sinos, já so se limitam a tocar quando alguém falece. Surgindo os novos mecanismos, poupando assim o tempo e esforço às pessoas.

 

 

 

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