Quadras Populares
Ó amieiro do rio
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Hei-de cantar hei-de
rir
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Da
minha janela a tua
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Tem meu
pai um castanheiro
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O jardin para as
flores
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Eu cheguei aqui agora
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Se
tu visses o que eu vi
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Ó malhão, triste
malhão
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Ó
meu amor anda anda
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Quem roubava era ladrão Robai moças robai moças Que eu não tenho que roubar Nas voltinhas do malhão
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Antes de entrar no tear A voltas que o linho leva Não são tentas como as voltas Que na Cabeça vou dar
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Debaixo da oliveira
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Ó
luar da meia-noite
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Meu amor fala baixinho Que as paredes tem ouvidos Escusa ninguém saber O nosso estar e sentido
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Minha mae é pobrezinha Não tem nada para me dar Da-me beijos coitadinha No fim vira-se a chorar
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Eu ainda te não deixei O meu amor não me deixes Quando eu te deixar amor Faz de conta que acabei
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A semana vou a erva Sou criado de servir Ao Domingo vou as moças Que as tenho de reserva
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Quero dar a despedida Quero as dar e não poso Tenho meu coração preso Com um fio d’ouro o bolso
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Faz um peito que
regala
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Nem de madrugada cedo Eu não posso andar de noite Eu ando amiaço De quem tenho pouco medo
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As voltas do nosso vira
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Não a nada que mais custe De que amar uma mulhere Esta sempre de nariz torto Ninguém sabe o que ela quer
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A cana verde cantada Ao longe parece bem Para dançar a cana verde Os filhos que meu paí tem
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Minha pra me casar Prometeu-me quanto tinha Depois de me eu casar Deu- me um quarto de farinha
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Minha mãe quand me teve Pensava que esta rica Depois queria me matar Com remedio da botica
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O meu Paí me recomenda Quando eu saio de casa Não te metas com mulheres Que elas são fraca fazenda
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Não chores por mim não chores Que eu não sou o teu amor Eu não sou como a figueira Que da frutos sem flor
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O minha mãe me envalava Quando eu era pequeninho As moças davam me beijo Agora não me dão nada
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Terra de boa tradições Ó freguesia de Antime Onde reina a concertina E violas e violões
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O que moda tão bonita O minha caninha verde Todas as modas acabam Só a cana verde fica
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Não t’encoste a lareira Qu’ela suge e deixa pó Encosta-te a minha cama Sou solteira e dormo só
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A cana verde no mar Navega por onde quer É como o rapaz solteiro Enquanto não tem mulher
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Se o Loureiro não tivesse No meio tanta ramada Da minha janela eu via Os olhos a minha amada
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Tu anda devagarinho Ja me esta a fugir a vista Tu vé la se tens cuidado Que podes ficar sem a crista
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Boa tarde lhe vou dar O povo que me escutais Este é o rancho de Fafe E a todos vem saludar
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O moças virai virai As costas ao mirador Que eu também ei-de virar As costas ao meu amor
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Se o Loureiro não tivesse no meio tanta alecrim Da minha janela eu via Os olhos ao Joaquim
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Ó moças dançai o vira Que o vira tem que saber O sapateiro é pobre Ajudai-o a viver
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O meu amor é baixinho Mas eu grande também não sou É um par arrangadinho Que déus ao mundo deito
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O homem para ser homem Tem que andar na linha Tem de fazer a mulher Como o galo faz a galinha
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Boa tarde meus senhores Eu não canto por dinheiro Tenho aqui o cantador Para soltar-lo do poleiro
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Uma noite nao é nada
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Que é aquilo que é aquilo Que esta encima da lenha É o gato da vizinha A espera que a gata venha
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O vinho nasce na uva E o amor no coração Boa tarde meus senhores Terminou o nosso malhão
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Pedrinhas que estas calçadas
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Boa tarde meus senhores Mais cedo não pode vir Ainda vim muito a tempo Das tuas quadras ouvir
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Eu ia por Braga a baixo Ouvi cantar e parei Um cantiga tão Linda Quém a cantava não sei
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Sou do minho Sou do minho natural Quém não conhece o minho Não conhece Portugal
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Hei-de te mandar varer Ó linda cidade Fafe Q’uma vasoura de prata Que d’ouro não pode ser
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Se o Loureiro não tivesse no meio tanta flor Da minha janela eu via Os olhos ao meu amor
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Se um dia eu casar qum velho Muito me eu ei-de rir Ei-de por a cama alta Para o velho não subir
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Quém tem muito neste mundo Deve repartir metade É assim como manda a leia É obra de caridade
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Ó moças dançai o vira Que o vira é coisa boa Eu já vi dançar o vira As meninas de Lisboa
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O malhão quando morreu Deixou dito na escritura Que forrasse o caixão Com pano de pouca dura
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Eu quero entrar ao meio Ao meio quero entrar Eu quero entrar ao meio Para escolher o meu pare
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O malhão quando morreu Foi enterrado na areia Quem o for desenterar Tem cem anos de cadeia
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Adeus que me vou embora Daqui me vou retirar Como uma carinha de riso Meu coração a chorar
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Quem me dera ser a água Pelas fontes a correr Para beijar os teus lábios Quando la fores beber
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Quem quizer um mulher boa Não a mande trabalhar Ponha-a na torre da igreja Com o cu virado por ar
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Vai te lavar morena Vai te lavar Se não fores ao rio Vai te lavar ao mar
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O moças virai virai Que eu tambem quero virar Tambem quero ir a roda Para escolher o meu par
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O meu amor jura jura Faz um jura bem feita Jura que me hades dar Na igreja a mão direita
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Daqui para minha terra Tudo é caminho e chão Tudo são cravos e rosas Plantadas por minha mão
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Quem me dera dar um beijo Nesse teu rosto me bem Para ficar a saber O gosto que o beijo tem
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A minha mãe e dizia Quando eu era pequenina Para cantar e dançar Só na nossa freguesia
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Adeus casa do meu pai Adeus quarto da palhada Era a casa que eu dormia Ao chegar de madrugada
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Siga rusga siga rusga Siga a nossa reinação Os meus pais eram da rusga Os filhos da rusga são
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Meninas dançai a rusga Cana verde e Malhão Cana verde esta solteira Não tem a quem dar a mão
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Eu ia por Braga a baixo Ouvi cantar e parei Um cantiga tão Linda Quém a cantava não sei
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