Os Brincos

As meninas, quando nasciam, logo a seguir ao corte do cordão umbilical, eram-lhe furadas as orelhas. À medida que a criança crescesse, a madrinha ou os pais iam trocando os brincos por outros, cada vez maiores.

 

Nada mais significativo de miséria do que não ver brincos a pender das orelhas. Quem desculparia ver uma mulher de antigamente, por mais humilde que fosse, desprovida de brincos. Sem a mais ligeira contemplação o povo considerava-a uma “mulher fanada”! Para melhor se julgar quão desprestigiante era a falta de brincos. Por isso, antigamente a mulher tinha sempre brincos as orelhas.

 

 

 

Brincos de Meias Libras

Brincos à  rainha: São brincos muito elegantes e, ao contrário das arrecadas, são cópias adaptadas dos brincos e laças que apareceram em Portugal no reinado de D. Maria I. Estima-se que os brincos de rainha apareceram no séc.XVIII e passaram a fazer parte da tradição cultural  Minhota. Rapidamente se tornaram apreciados no país.

 

Arrecadas:  Também designadas por argolas filigranadas, são de forma circular, com a lúnula.

Carniceiras ou Argolas: Muito em uso pelas pessoas abastadas, que gostavam de exibir estas grossas argolas. São peças ocas, de ouro polido, com grande incorparação de mão de obra.

Meias libras: Muitas vezes soldavam-se ganchos às libras ou meias libras e utilizavam-se como brincos.

Brincos de Meias Libras

     
Arrecadas Brincos a Rainha Carniceiras ou Argolas

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