A Malhada do Milho

 

As malhadas eram feitas na eira do lavrador, dono das espigas. Geralmente eram feitas de manhã bem cedo ou ao fim da tarde, altura em que o sol não fosse um incomodo, para quem trabalhava.

 

 

O lavrador, logo de manhã ia ao espigueiro, trazia as espigas para o centro da eira e fazia um monte. Depois, convidava alguns vizinhos e amigos para a tarefa. Ninguém pedia nada em troca apenas faziam por passar uma manhã ou uma tarde bem passada. Faziam uma roda á volta das espigas e com um “malho” batiam com força nas espigas até separar o milho da maçaroca.
Para se distraírem, cantavam cantigas ao som do bombo, violas e cavaquinhos...
“Ó Laurindinha vem a janela, ó Laurindinha vem a janela, ver o teu amor, aí aí aí que ele vai para a guerra” ou então falavam da vida quotidiana.

 




Depois de separado, o milho era recolhido e a eira varrida, enquanto o dono da eira preparava pão, vinho, azeitonas e por vezes alguma carne aquecida (rojões). Tudo servia para pagar o grande favor e agradecer a colaboração da vizinhança.

As malhadas, quando feitas ao fim da tarde, davam origem a bailaricos que duravam até á hora de jantar e prolongavam-se noite fora.
 

 

Malhada do Milho em 1908 no Minho


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